Prisma e Onix ganham moderno câmbio automático de seis marchas. Os compactos mantiveram motor 1.4 e ficaram até R$ 7,2 mil mais caros.
A Chevrolet apresentou nesta terça-feira os novos Prisma e Onix equipados com câmbio automático de seis marchas. A nova transmissão será exclusiva das versões equipadas com motor 1.4 e custam até R$ 7,2 mil a mais do que as versões equipadas com câmbio manual. O Prisma contará com o câmbio automático nas versões LT e LTZ, com preços de R$ 46.390 e R$ 49.990, respectivamente. Já o Onix terá o câmbio automático disponível nas versões: LT e LTZ, por R$ 43.390 e R$ 47.190, respectivamente.
O câmbio automático de seis marchas é o mesmo usado no Spin, Cobalt, Cruze e Sonic e é inédito no segmento — o único a contar com transmissão semelhante é o Fiesta, mas este adota um câmbio automatizado de dupla embreagem acoplado a um motor 1.6 16V. A dupla da GM brigará de perto com o Hyundai HB20/HB20S e Renault Sandero/Logan.
A lista de equipamentos dos modelos é idêntica à do Onix e Prisma com câmbios manuais. As principais diferenças são a inclusão do controlador de velocidade e abertura elétrica do porta-malas e bocal de combustível, itens até então inexistentes. Já na linha 2014, os irmãos também ganharão uma nova cor: Azul Sky, que estará no catálogo das versões manuais até a chegada da linha 2015.
Preço em alta
O que mais chama a atenção nas versões automáticas dos compactos é o preço: o preço Prisma subiu R$ 6,9 mil, enquanto o Onix ficou R$ 7,2 mil mais caro. O valor aproxima a dupla dos rivais da Renault e Hyundai, ambos equipados com motor 1.6. A seu favor a GM aposta no câmbio de seis marchas, enquanto seus concorrentes diretos possuem apenas quatro marchas.
Impressões
O Onix LTZ automático avaliado já agrada no primeiro contato. Além da nova cor Azul Sky, que chama a atenção, o compacto recebeu pequenas e necessárias melhorias, com destaque para a abertura elétrica do porta-malas por um botão no interior do carro: antes era necessário desligar o carro e abrir o compartimento pelo botão embutido na chave. Porém basta andar alguns quilômetros para notar que o hatch brasileiro sofre com o câmbio mexicano.
Assim como ocorre com o Cobalt e Spin, tem-se a impressão que o câmbio não casa com o motor. Quando o motorista busca desempenho é necessário esperar até que o câmbio identifique isso e reduza as marchas. Parte da culpa é que a calibração da transmissão é voltada para usar sempre as marchas mais altas para privilegiar a economia.
Usar os botões na alavanca de câmbio para efetuar as trocas no modo manual poderia contornar essa sensação de lentidão do câmbio, mas o sistema não é nada prático. E quem espera uma melhora desse aspecto é melhor desistir: executivos da GM afirmaram que isso é uma característica dos novos modelos automáticos da marca e que não deverá mudar tão cedo.
Mercado
A GM não revelou qual será sua meta de vendas, mas estima que as versões equipadas com o câmbio automático sejam responsáveis por 20% do mix de vendas do Prisma e 10% do Onix. No entanto o maior entrave será a capacidade de produção na fábrica da Chevrolet em Gravataí, no Rio Grande do Sul, que já teve a capacidade de produção ampliada com a criação do terceiro turno.
A chegada dos compactos ajudou a ampliar as opções de modelos compactos equipados com câmbio automático, com o consumidor ganhando mais duas opções equipadas com um câmbio mais avançado, apesar dos concorrentes terem um motor mais forte mas com uma versão ultrapassada de câmbio automático.
